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domingo, 24 de maio de 2015

Música Eletrônica dá Rasteira na Indústria Fonográfica



Os números divulgados pelo Rio Music Conference (RMC), maior feira de negócios do setor eletrônico na América Latina, está dando o que falar. A partir do valor de R$ 2,5 bilhões que a música eletrônica movimenta por ano e do número de 19,5 milhões de consumidores do estilo musical que existe no Brasil, muita gente está se dando conta do que, provavelmente, os empresários da música eletrônica já sabiam, óbvio. Enquanto o mercado fonográfico mundial caiu catastroficamente nos anos 2000, o mercado da e-music cresceu, pois não depende da venda de CDs ou das rádios FM para ser divulgada. A propaganda é digital, sendo focada em apresentações ao vivo, festas e casas noturnas.Para ter uma ideia da queda do mercado fonográfico, nos Estados Unidos, as vendas caíram de US$ 14,6 bilhões para menos da metade em dez anos. Além disso, a consultoria Forrester Research prevê que, até 2014, elas vão diminuir ainda mais, e depois se estabilizarão em torno de US$ 5,5 bilhões. Mas as diferenças não vão parar por aí, o mercado da música eletrônica está apenas começando a crescer e uma das alavancas que vai ser definitiva para que isso ocorra é a abertura de novas casas noturnas. Além disso, entre os números levantados pelo RMC, o faturamento de bebidas aumentou 115,4%, de 2010 para 2011, totalizando R$ 1,07 bilhão em arrecadação. Assim, junta-se “a fome com a vontade de comer”, no rabo do cometa da abertura de novas casas noturnas, cresce lado a lado o consumo de bebidas. O clube paulistano D.Edge, por exemplo, está investindo R$ 5 milhões numa filial carioca e outra em São Paulo. O consumo de bebidas representa 60% do faturamento, que chega a R$ 1,4 milhão ao mês, sendo que a vodca é a preferida. Isso é fato: cerca de dois terços do consumo de vodca e uísque em terras tupiniquins ocorre em clubes, restaurantes e bares. Por isso, empresas como a francesa Pernod Ricard e a holandesa Heineken estão investindo pesado no patrocínio de festivais e clubes de e-music, tanto que a Pernod também teve muito retorno financeiro ao vincular a marca Ballantine’s à música eletrônica. Novamente, remete-se aos dados do RMC, que divulgou o aumento de 60% nos patrocínios, somando 460 milhões. As bebidas patrocinam também as celebridades, como o francês David Guetta, que é promovido pelo energético Burn, da Coca-Cola. Levando em consideração que, no Brasil, existem aproximadamente 10 mil DJs profissionais, ainda tem muito pano pra manga. Fonte: www.eletromusica.com.br



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